Do nosso próprio organismo: Menos tempo de internação, mais eficiência no tratamento. Estudo brasileiro revela potencial da Angiotensina (1-7) no tratamento da COVID-19.
Uma pesquisa realizada por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e do INCT-Nanobiofar, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta para uma nova ferramenta para o combate à COVID-19. O estudo, publicado na revista Inflammation Research demonstrou que o peptídeo (pedaço de proteína) Angiotensina (1-7) pode ser um aliado importante no tratamento da doença, reduzindo significativamente os danos causados pela infecção por coronavírus em animais. Outra vantagem é que, como o peptídeo é produzido pelo organismo humano, os efeitos colaterais são mínimos, o que torna essa medicação muito promissora.
A equipe de pesquisadores investigou os efeitos da Angiotensina (1-7) em camundongos infectados com diferentes tipos de coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2. Segundo o Professor Robson Santos, Coordenador do INCT-Nanobiofar, os resultados foram promissores: “o peptídeo demonstrou capacidade de reduzir a inflamação nos pulmões, aumentar a resposta imune e diminuir a carga viral, o que contribuiu para uma recuperação mais rápida e menos danos aos órgãos”, descreve.
Recentemente, outro ensaio clínico demonstrou em humanos uma redução considerável no tempo de hospitalização dos pacientes. Este estudo investigou a segurança e eficácia da infusão intravenosa contínua de curta duração de Angiotensina-(1-7) em pacientes com COVID-19 internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). "Nossos resultados indicam que a Angiotensina (1-7) pode ser uma ferramenta importante no combate à COVID-19 ao modular a resposta inflamatória e proteger os pulmões, este peptídeo pode ajudar a reduzir a gravidade da doença, aumentar as chances de recuperação dos pacientes e diminuir o tempo de internação”, completa.
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